Inclusão Escolar: a escola da diferença ou dos diferentes?

Inclusão Escolar: a escola da diferença ou dos diferentes?

Instituição carioca realiza workshop voltado como especialização para coordenadores e educadores

A legislação brasileira (LDBEN 9394/96) busca garantir que a inclusão escolar permita que as crianças que apresentam algum tipo de transtorno, síndrome ou deficiência, possam se socializar desenvolvendo suas capacidades pessoais e aprimorando sua inteligência emocional. O acesso à escola não só promove o desenvolvimento pessoal, mas também é uma ferramenta social importante para os relacionamentos interpessoais.

Por se tratar de um tema atual, mas que ainda deixa a desejar por falta de informações, o Colégio Danielle Mattos, do Rio de Janeiro, realizou no dia 24 de fevereiro o 1º Workshop de Inclusão Escolar. O evento voltado para todo o corpo docente, teve duração de 4 horas e contou com a presença da Consultora Pedagógica Jussara Weinert, do Sistema de Ensino Dom Bosco.

Segundo a Coordenadora Pedagógica do Colégio Danielle Mattos, Cristiane Oliveira, “para incluir é necessário que se tenha um olhar diferenciado, não rotulando por achismo. Assim, é possível ter uma escola que faz a diferença e não uma escola de diferentes. A educação continuada é muito importante, e assim como a medicina, precisamos estar sempre atualizados, num constante aprendizado”.

Na abordagem do tema, Jussara falou sobre vertentes como:

– Leis e documentos universais;

– Como lidar com as diferenças em sala de aula;

– Como trazer ideias e técnicas para serem aplicadas buscando obter o sucesso do aluno, entre outros.

Ainda segundo a Coordenadora Cristiane Oliveira, “quando o educador descobre como olhar além, ele consegue compreender a importância de um currículo adaptado de acordo com a dificuldade encontrada em sala de aula. A inclusão rompe com os paradigmas que sustentam o conservadorismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus fundamentos. Ela questiona a fixação de modelos ideais, a normalização de perfis específicos de alunos e a seleção dos eleitos para frequentar as escolas, assim, produzindo identidades e diferenças, inserção ou exclusão”, destaca.

Por fim, as mudanças são fundamentais para inclusão, mas exige esforço de todos possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade. Para isso, a educação deverá ter um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção ao longo da vida; e todo aluno, independente das dificuldades, poderá beneficiar-se dos programas educacionais, desde que sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades.